sábado, 3 de março de 2012

Que saudade de casa...

Chorei ontem relendo partes do meu diário. Chorei por olhar para trás e ver o que consegui enfrentar até aqui. Talvez não consegui manter a cabeça tão erguida como deveria, mas ao menos continuei caminhando. O ápice do choro foi quando li sobre o dia em que a vovó morreu. Ainda me lembro de abraçar meu pai, o tio Luís e a Tata e soluçarmos um no ombro do outro.
Não vou negar: eu quis estar aqui, longe de todos. Eu só não queria ter que escolher entre ficar com minha família ou viver com o Pedro.
Claro que tenho momentos felizes, principalmente quando consigo cumprir os objetivos das aulas práticas no laboratório. rs
Um ano é muito tempo pra ficar sem as conversas com meu pai, sem ouvir a Nick me gritando o tempo todo, sem por a mão na terra com meu tio, sem comer comida feita num fogão à lenha no meio do mato.
Estou com saudade de rir das gafes do Hugo, de ir ao cinema ver filme idiota com a minha madrinha, de acordar às 4 da manhã e ir pra roça plantar, de comer arroz, feijão, carne de lata, abobrinha batida, vargem, pimenta e pequi.
Saudade de chegar em casa suja de terra e tomar um belo banho me sentindo util e realizada. Vontade de ver o sorriso de todos quando o tio vem com aquelas histórias descabidas, como a do burro fujão ou da égua que roubava goiaba da mão de quem quer que fosse.
Saudade de dormir na casa do Hugo depois de passar das 3 da madrugada; de ter um lençol limpissímo e esticado me esperando em casa; de gostar de ficar sozinha.
Estou precisando compartilhar emoções constrangedoras, ficar suja de terra e marcas de patas dos meus cachorros praferidos, dirigir o vermelhão (risos), sair pra dançar com o papi e principalmente receber um abraço de família.

Não é que já estou chorando outra vez?!

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