sábado, 3 de março de 2012

Que saudade de casa...

Chorei ontem relendo partes do meu diário. Chorei por olhar para trás e ver o que consegui enfrentar até aqui. Talvez não consegui manter a cabeça tão erguida como deveria, mas ao menos continuei caminhando. O ápice do choro foi quando li sobre o dia em que a vovó morreu. Ainda me lembro de abraçar meu pai, o tio Luís e a Tata e soluçarmos um no ombro do outro.
Não vou negar: eu quis estar aqui, longe de todos. Eu só não queria ter que escolher entre ficar com minha família ou viver com o Pedro.
Claro que tenho momentos felizes, principalmente quando consigo cumprir os objetivos das aulas práticas no laboratório. rs
Um ano é muito tempo pra ficar sem as conversas com meu pai, sem ouvir a Nick me gritando o tempo todo, sem por a mão na terra com meu tio, sem comer comida feita num fogão à lenha no meio do mato.
Estou com saudade de rir das gafes do Hugo, de ir ao cinema ver filme idiota com a minha madrinha, de acordar às 4 da manhã e ir pra roça plantar, de comer arroz, feijão, carne de lata, abobrinha batida, vargem, pimenta e pequi.
Saudade de chegar em casa suja de terra e tomar um belo banho me sentindo util e realizada. Vontade de ver o sorriso de todos quando o tio vem com aquelas histórias descabidas, como a do burro fujão ou da égua que roubava goiaba da mão de quem quer que fosse.
Saudade de dormir na casa do Hugo depois de passar das 3 da madrugada; de ter um lençol limpissímo e esticado me esperando em casa; de gostar de ficar sozinha.
Estou precisando compartilhar emoções constrangedoras, ficar suja de terra e marcas de patas dos meus cachorros praferidos, dirigir o vermelhão (risos), sair pra dançar com o papi e principalmente receber um abraço de família.

Não é que já estou chorando outra vez?!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Saudades

Saudade de casa. De receber ligações.
Saudade de comer arroz branco, feijão, carne de porco frita com limão, abobrinha verde com pimenta e pequi... todos cozidos num fogãozinha a lenha.
Saudade dos amigos. Saudade do Públio. Saudade imensa de deitar no colo dele e trocar confissões e conselhos.
Saudade de correr pela casa com a Nick, fazer caretas, cócegas e etc.
Saudade de ir correr com o papai, andar de bicicleta e tomar café.
Saudade de bater no Hugo, fazer cócegas, falar de mulheres bonitas/gostosas (risos) e ver filme madrugada a dentro.
Saudade gigantesca do meu dog, de conversar com ele, de levá-lo para tomar banho no laguinho.
Saudade de muita coisa e muita gente.
E talvez até de você que está lendo isso.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Banho

Dia desses voltei a sentar no chão do banheiro como fazia quando tudo parecia triste e complicado demais. Não me lembro bem o que desencadeou isso. Lembro apenas da sua voz exaltada e de você tentando quebrar algo.
Segurei o choro na hora, mas quando se está sozinha e se sente sozinha não há motivos para segurar nada, não é mesmo?
Sei que na hora senti tanta falta do colo do meu pai... De quando ele me deixava ficar na tv com ele até mais tarde. Eu só ficava pra poder aproveitar ele em casa e acabava dormindo em seu colo. Acordava sempre com ele me colocando na cama.
Pra piorar tudo, tem todas aquelas provas e aquela pulga atrás da orelha que não tem me deixado dormir.

Vontade de ter alguém pra conversar. Um amigo, um ser que corresponda às minhas confissões....

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um semestre...

Vontade de ouvir a voz de um cumplice qualquer do outro lado da linha. De contar como estou bem, estudando muito e que até consegui um estágio com meu professor de química analítica. Sorriria ao ouvir aquele parabéns sincero. Queria tanto um abraço aconchegado vindo de uma amizade sincera.
Saudade daqueles banhos...

domingo, 14 de agosto de 2011

Festa

Vontade de dançar.
De me soltar com o Públio e todo o resto da antiga turma.
Vontade de ver um monte de gente totalmente desconhecida sorrindo.
Vontade de tomar um Martini com gelo e suar até os cabelos ficarem molhados.
Vontade de abraçar os amigos... Pelo menos os poucos que me restaram depois de tantas mudanças e distâncias.

Não reclamo da vida aqui, mesmo me sentido absurdamente sozinha. Mas não tem como evitar as queixas de saudade.

Públio, Nane, San, Nandinha e Gui eu espero que vocês ainda se lembrem que amo vocês.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tentando voltar.

Estava lendo algumas coisas que escrevi aqui... Em especial a ultima do ano passado, onde fala sobre a passagem para um novo ano. Não é que deu certo? Houve mesmo algum momento mágico que me fez sair de casa, sair daquela vidinha e me atolar nessa nova vidinha tão boa.
Não é que os meses não estejam fodendo comigo. Acontece é que eles me fodem porque as provas se aproximam cada dia mais um pouquinho, e isso sinceramente me deixa feliz. Além disso, ele está aqui do lado. Atrás de mim (pra ser mais esxata), estudando física já que a nossa professorinha não deu moleza.

Por falar em professores cada semestre me deparo com mais e mais doidos. Eu, na minha ingenuidade, achei mesmo que o mais bizarro que poderia aparecer não superaria o professor de história da química (um tal que leva um bambu daqueles de fazer vara de pesca pra toda aula)... Eita ilusão viu... A ultima das ultimas foi um maluco que pretende ministrar as aulas práticas de física. Pretende porque de uma hora pra outra ele interrompe a frase no meio, fica alguns minutos calado (sim, MINUTOS) e sai quase correndo do laboratório.
Ele deve ter algum problema... Fiquei com dó dele e meio chocada com a situação.

Já contei que agora eu sou "dos games"? Pois é... Bem inusitado isso.

Ah, cálculo fudeu com a minha vida.. ¬¬'
Fechei uma das provas de química geral com o professor carrasco. Nem fiquei feliz, só esnobando todo mundo! rs

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Realizações

Depois de muito tempo, aqui estou eu. Exceto que estou a 3 anos e meio do tão sonhado diploma de química, pouca coisa mudou.
Estou casada, morando em Viçosa num quarto com banheiro. E saibam e não é tão ruim. Eu tenho até um Playstation 3 em casa.
Aprendi a jogar video game e jogos de PC. Não me entendo mais tão bem com a dona matemática. Fumo mais do que antes e quase já não bebo. Descobri o quanto sou bagunceira e preguiçosa. Descobri também que nem sempre o frio é agradável. Agora bebo cerveja e não me orgulho disso.
Agora quase já não tenho amigos e também não sei mais como se faz isso. Agora tenho aulas de laboratório... Agora eu como em restaurantes e já não sou tão sexy (como se eu já tivesse sido ¬¬).
Agora sou mais puritana.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Caio F. Abreu

Desde agora, hoje ficou assim: tedioso, vazio, chato. As horas vão demorar a passar e o único motivo é que não tenho Vero pra me fazer dar risada - aquelas boas gargalhas com piadas sadistas - além de ver o Pedro só depois das 18.
Mais um fim de ano sem exatamente um ano novo. Já me acostumei, não tenho mais essa ilusão de 'ano novo'. Isso não é mágico. São só alguns meses que nem sabemos se chegarão para nós - certamente pra fuder com as nossas vidas ou com o que sobrou delas.
Tenho uma festa hoje e outra amanhã. Vai ver são elas que me deixam assim: depressiva, depreciativa, com vontade de fazer o mundo sumir. Será maravilhoso. Meus melhores amigos... Minha família. Vou sorrir sem ter obrigação, vou dançar, me divertir e ficar ao lado dele. Vou beber horrores e fumar mais que puta largada.. E como sempre no meio da festa vai bater aquela solidão.. Aquela impressão que morri e estou vendo de longe todos se divertirem sem mim.. É nessa hora que bebo e me esqueço onde quer que seja. É nessa hora que os olhos enchem-se de lágrimas e sorriu pensando em como tudo é bizarro. Como eu sou bizarra.
Acho que como sempre eles - meus dois meninos - vão sentir a minha falta. Vão sentar ao meu lado e perguntar o que há. Eu direi sorrindo e meio chorando que não é nada. Como sempre não vão perceber minhas lágrimas. O Pedro vai perguntar se quero ir embora e o Manolo tentará me animar dando as sugestões mais sujas e descabidas para o fim de noite - que provavelmente já será madrugada.
Vou beber mais, sorrir mais e enfim dormir por aí. Em qualquer calçada como sempre ou no cafofo do Manolo. Vamos dormir todos bêbados e borrados de maquiagem. Vou me deixar ficar nos braços dele e dormir pensando em quando ele for embora novamente.
Por mais que doa, principalmente nos finais de ano, é impossível não pensar nisso.
Essa noite vou dormir com um beijo e acordar com outro e ainda assim vou acordar mal. Espero que eles entendam.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Continuando com isso.

Em alguns dias as coisas ficam densas. Talvez densas demais pra poder suportá-las de forma risonha.
Percebi que uma velha amiga do Max sempre foi minha amiga também. Sempre! Desde meu aniversário de seis anos, desde minha primeira apresentação de ballet clássico, desde o início dos acontecimentos trágicos.
A verdade é que não eram e nem nunca foram coisas importantes pelo fato solitário. O problema é que quando essas coisas começam a acontecer queremos um colo, um alguém em quem confiar e confidenciar. Queremos apenas alguém que se importe o suficiente pra secar aquela lágrima. Foi exatamente isso que não tive.
Provavelmente tudo isso tenha contribuindo de forma significante para me moldar da forma resistente como sou. Acho que essas mesmas coisas acabaram também me deixando assim: solitária, com um gosto massacrante por remoer minhas pequenas tragédias.
Há muito tempo não consigo mais me aproximar dele. Declarações de amor e esforços desmedidos já não são suficientes. E a menininha aqui só precisava de um aconchego, um abraço sincero. Espero que ele não tenha esquecido como é isso, afinal é melhor que o problema seja comigo já que a Nick precisará dele tanto quanto eu.
A parte boa é que agora eu tenho um novo porto. Não que eu tenha substituído um pelo outro, apenas abandonei o cais onde a tsunami bateu.
Agora, quando as coisas ficam densas demais para serem engolidas ou fagocitadas, eu apenas preciso apertar o botão "discar" duas vezes e sei que vou ouvir a voz dele.
É bom, enfim, entender porque certas coisas ruins aconteceram. E embora eu ainda fique triste, ele sabe me fazer sorrir mais que ninguém!