quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Continuando com isso.

Em alguns dias as coisas ficam densas. Talvez densas demais pra poder suportá-las de forma risonha.
Percebi que uma velha amiga do Max sempre foi minha amiga também. Sempre! Desde meu aniversário de seis anos, desde minha primeira apresentação de ballet clássico, desde o início dos acontecimentos trágicos.
A verdade é que não eram e nem nunca foram coisas importantes pelo fato solitário. O problema é que quando essas coisas começam a acontecer queremos um colo, um alguém em quem confiar e confidenciar. Queremos apenas alguém que se importe o suficiente pra secar aquela lágrima. Foi exatamente isso que não tive.
Provavelmente tudo isso tenha contribuindo de forma significante para me moldar da forma resistente como sou. Acho que essas mesmas coisas acabaram também me deixando assim: solitária, com um gosto massacrante por remoer minhas pequenas tragédias.
Há muito tempo não consigo mais me aproximar dele. Declarações de amor e esforços desmedidos já não são suficientes. E a menininha aqui só precisava de um aconchego, um abraço sincero. Espero que ele não tenha esquecido como é isso, afinal é melhor que o problema seja comigo já que a Nick precisará dele tanto quanto eu.
A parte boa é que agora eu tenho um novo porto. Não que eu tenha substituído um pelo outro, apenas abandonei o cais onde a tsunami bateu.
Agora, quando as coisas ficam densas demais para serem engolidas ou fagocitadas, eu apenas preciso apertar o botão "discar" duas vezes e sei que vou ouvir a voz dele.
É bom, enfim, entender porque certas coisas ruins aconteceram. E embora eu ainda fique triste, ele sabe me fazer sorrir mais que ninguém!

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