sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Caio F. Abreu

Desde agora, hoje ficou assim: tedioso, vazio, chato. As horas vão demorar a passar e o único motivo é que não tenho Vero pra me fazer dar risada - aquelas boas gargalhas com piadas sadistas - além de ver o Pedro só depois das 18.
Mais um fim de ano sem exatamente um ano novo. Já me acostumei, não tenho mais essa ilusão de 'ano novo'. Isso não é mágico. São só alguns meses que nem sabemos se chegarão para nós - certamente pra fuder com as nossas vidas ou com o que sobrou delas.
Tenho uma festa hoje e outra amanhã. Vai ver são elas que me deixam assim: depressiva, depreciativa, com vontade de fazer o mundo sumir. Será maravilhoso. Meus melhores amigos... Minha família. Vou sorrir sem ter obrigação, vou dançar, me divertir e ficar ao lado dele. Vou beber horrores e fumar mais que puta largada.. E como sempre no meio da festa vai bater aquela solidão.. Aquela impressão que morri e estou vendo de longe todos se divertirem sem mim.. É nessa hora que bebo e me esqueço onde quer que seja. É nessa hora que os olhos enchem-se de lágrimas e sorriu pensando em como tudo é bizarro. Como eu sou bizarra.
Acho que como sempre eles - meus dois meninos - vão sentir a minha falta. Vão sentar ao meu lado e perguntar o que há. Eu direi sorrindo e meio chorando que não é nada. Como sempre não vão perceber minhas lágrimas. O Pedro vai perguntar se quero ir embora e o Manolo tentará me animar dando as sugestões mais sujas e descabidas para o fim de noite - que provavelmente já será madrugada.
Vou beber mais, sorrir mais e enfim dormir por aí. Em qualquer calçada como sempre ou no cafofo do Manolo. Vamos dormir todos bêbados e borrados de maquiagem. Vou me deixar ficar nos braços dele e dormir pensando em quando ele for embora novamente.
Por mais que doa, principalmente nos finais de ano, é impossível não pensar nisso.
Essa noite vou dormir com um beijo e acordar com outro e ainda assim vou acordar mal. Espero que eles entendam.

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